Jânio de Freitas ta que nem siri na lata. A
esquerda perde espaço, ele perde a paz. Não vos vanglorieis, entretanto! Eles
são numerosos e dissimulados. Disfarçam até o nome que têm: Vladimir Ilyich
Ulyanov atendia por Lenin; Lev Davidovich Bronstein, atendia por
Trotsky; Ioseb Besarionis Dze Djughashvili, atendia por Stalin; Itajiba de
Moura Brizola virou Leonel Brizola. Também escondem o que são: Vanessa
Graziotin, senadora pelo PCdoB, ficou indignada porque lhe chamaram de comunista.
Onde já se viu chamar comunista de comunista? Jânio de Freitas faz parte dessa
turba raivosa que, só por vingança, nos chama do que não somos - golpista,
direitista e coxinha. E faz cara feia para nos assustar. Mas é a valentia meia-boca. De um cão de
guarda que pouco guarda – que vê pouco, ouve pouco. Agora, se a coisa não cabe debaixo
do felpudo tapete da sala ele a carrega em ombros alheios. Nas costas do PT, é que não
fica nada. O gozado é que ta todo mundo vendo esses numerosos, custosos e
repetidíssimos assaltos aos cofres públicos. E muitos desses roubos tem
impressão digital claríssimas! São pessoais e intransferíveis. Dilma presidiu o
conselho da Petrobrás de 2003 a 2010, e da sua gestão ficou o rombo de US$ 800
milhões. Mas isso não lhe afetou a pose. Ao contrário, aumentou-lhe a audácia. Logo,
logo estaria prometendo o que não podia cumprir. Garantiu que não ia aumentar
os impostos, que não mexeria nos direitos do trabalhador. Uma frase sua viralizou:
“Tem coisas que eu não concordo, como mexer nos direitos do trabalhador e não
abro mão nem que a vaca tussa!”. Pura farofa. Antes que a vaca tussisse já
estava tudo por terra. Apesar dessa ficha chinfrim, pro Jânio Freitas fora uma baita de uma
injustiça tirarem o governo das mãos dessa dona com o fito de entregá-lo a esse bando que nos dirige agora - Renan,
Moreira Franco, Eduardo Cunha e Geddel Viana. Ledo engano. Eles já estavam lá
desde o outro carnaval. O Renan estava porque esta é a sua natureza, rodear o
poder. Esteve com o Collor, esteve com Itamar, esteve com FHC e foi da base
parlamentar do PT enquanto o PT durou. Graças a isto foi presidente do senado
duas vezes. Jucá foi ministro da previdência do governo petista. Nenhum deles é
estreiante no mettier. Mas o olho torto de Janio Freitas lhe dá outra visão das
coisas. Ele quer nos convencer que as passeatas, os bonecos infláveis, os
panelaços se recolheram não por cansaço mas por tarefa cumprida. Não é. Basta ver
que esse bando não é adventício. É do mesmo time que saiu. O resto fica fácil. Jânio
de Freitas, velho jornalista, escreve na Folha de São Paulo. Pobre Jânio de
Freitas. Ficou velho antes de se tornar sábio. Royalties para Shakeaspeare.
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