segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CONVERSA MOLE PRA BOI DORMIR
OU
CANTIGA PARA NINAR CORRUPTOS DE TODOS OS PORTES





Soa mesmo como uma cantilena essas palavras do Leandro Carnal. É um discurso palatável para todos nós que andamos assustados com tudo que se vê. Agora, sabemos todos que desde o menino que rouba um beijo da namorada até a quadrilha que arrasa com a nossa maior empresa, é tudo farinha do mesmo saco. Somos todos os pecadores e contribuímos todos para o mesmo mal. E somos também todos, et pour cause, inocentes. Que maravilha viver! A culpa não é de ninguém; é de todo mundo. Aquele que rouba velhinhos aposentados pode acalmar sua alma, quiçá arrependida... Somos todos assim. Leandro Carnal é um metonímico - toma a parte pelo todo. Enfim, que Suzane Von Richthofen possa curtir o seu dia das mães sossegada, embora ela mesma tenha matado a mãe e, de quebra, matado também o pai. Que possamos todos enfim desfrutar dessa paz meia-boca. Tudo é um, como o dizia Parmênides. Um atestado médico falso aqui é o mesmo que o vendaval que venta na Lava Jato. Não há governo corrupto se o povo é corrupto. Enfim, é assim. Para consertar o governo tem que se consertar o povo; e pra consertar o povo tem que se consertar o governo. É uma filosofia baseada no biscoito Tostines: “Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?” Enquanto você se distrai dando bola para essas asneiras Dilma sai do palácio levando 140 itens entre os quais mais de uma centena de objetos que não lhe pertencem. Que maravilha viver neste País!

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